O meu primeiro CARIOCA DA GEMA é um cantor de quem sou fã de carteirinha.
Filho único, nascido em 1958 numa família onde a música corria solta, ou não fosse filho de um dos maiores e mais importantes produtores fonográficos do Brasil, João Araújo, e da cantora Lucinha Araújo, Agenor, ou melhor, CAZUZA marcou a Música Brasileira com o seu talento aliado a uma irreverência ainda desconhecida para a época. A maioria das canções que compôs ainda hoje fazem parte da vida nao só dos cariocas mas dos brasileiros em geral.
Teve uma passagem rápida por um Curso de Comunicação de onde saiu para trabalhar na editora discográfica Som Livre, propriedade do seu pai e talvez a editora de maior impacto no Brasil dos anos 70.
Pelo seu percurso, passa um Curso de Fotografia tirado nos Estados Unidos da América, de onde voltou no início da década de 80 para se juntar ao grupo teatral Asdrúbal Trouxe o Trombone. Daí até ser vocalista de uma banda ainda em formação, foi um pulo. E um pulo dos grandes. Nasce a banda Barão Vermelho, banda que é dona de alguns dos maiores hits da música brasileira, ainda hoje cantados por todos os cariocas.
Inicia a sua carreira a solo em 1985, queria ter mais liberdade para compor e se expressar.
"O Tempo não Pára", "Brasil", "Faz parte do meu show", "Codinome Beija-flor" ou o "Mundo é um Moinho" foram algumas das suas composições, eternizadas para sempre numa voz única como a sua.
CAZUZA, Carioca da Gema, deixou mais de 200 canções, entre gravadas, inédtas ou entregues a outros intérpretes. Faleceu em 1990 no Rio de Janeiro aos 32 anos, vítima de AIDS.
O legado de Cazuza está preservado na Sociedade Viva Cazuza, fundada pelos seu pais no ano da sua morte, e que tem também como um dos principais objectivos dar assistência a crianças e adolescentes carentes portadores do vírus da AIDS, fornecendo-lhes medicamentos e exames.
Palavra de Carioca